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Não há trabalho nem pão
Há circo e palhaçada
Foi montada a encenação
Instalou-se a confusão
Eis o circo da cambada
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Que invadiu a nossa aldeia
E atraíu as nossas gentes
Cantou-lhes como a sereia
Atirou-lhes aos olhos areia
Fazendo deles indigentes
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Como escravos dependentes
Desta falsa animação
Tornando-os assim ausentes
Das realidades presentes
Como a fome e a humilhação
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É o circo da tristeza
São os palhaços da Nação
Que vão acumulando riqueza
Á custa de mais e maior pobreza
Menos trabalho e menos pão.
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Pensamentos meus!
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Tú sózinho não és nada, juntos temos o mundo na mão!
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