Quinta-feira, 23 de Outubro de 2008

VASCO GONÇALVES

"Análise da situação política" apresentada na Assembleia do MFA na 2ª semana de Julho de 1975.

*

1.1 o ataque do capital

-

É preciso que fique bem claro que o fascismo não é o capitalismo, mas apenas uma forma de expressão do seu domínio. Assim, quando se destrói o fascismo, agride-se mas não se destrói o capitalismo. A situação desenvolvida após o 11 de Março prova, sem margem para dúvidas que o capitalismo possui um arsenal de manobras insidiosas cujo perigo e eficácia são tremendos até porque não sendo frontais confundem muitos camaradas.

Alguns passos firmes dados a seguir ao 11 de Março, no sentido de avançar com o processo revolucionário, respondeu o capitalismo com uma série de acções que se podem inumerar:

-Recrudescimento do boicote económico externo e sabotagem económica.

-Recrudescimento da campanha contra-revolucionária ao nível dos órgãos de imformação internos e externos ao serviço do capital.

- Exploração fora do seu contexto real, de casos como a "República" e a Radio Renascença.

- Deturpação do sentido das eleições e da Assembleia Constituinte e subsequente exploração.

- Escalada desenfreada das reivindicações salariais.

- Agitação ao nível das empresas de serviços

- Aproveitamento das diferenças de opinião ou dúvidas existentes no seio do MFA no sentido de dividir os seus órgãos fundamentais: Conselho da Revolução, Governo Provisório e COPCON.

- Aliança com as correntes esquerdistas no sentido de infiltrar e desagregar as Forças Armadas deminuindo ou anulando a sua capacidade de actuação.

- Paralização do aparelho de Estado com base no empastelamento burocrático e na legislação fascista ainda existente, bem como a falta de autoridade real dos quadros.

- Exploração intensa do anticomunismo atávico de grande parte do povo português, procurando enquadrar todos os conflitos numa prespectiva de opção pró ou contra o comunismo.

Perante estas e outras acções que se desenvolvem, devem os camaradas do MFA fazer um grande esforço de lucidez, não se deixando arrastar para a luta no campo do inimigo, o que acontece sempre que se analisam casos isolados esquecendo ou minimizando a manobra geral que os enquadra. Há que evitar constantemente que  "a árvore esconda a floresta": se as opções são aida  "revolução" ou " contra-revolução" é preciso compreender que não são os casos pontuais que definem a atitude do MFA e a sua opção de classe.

É revolucionário tudo  quanto faz avançar globalmente a revolução e é contra-revolucionário tudo quanto, globalmente a  faz recuar ou lhe cria novas dificuldades.

Não é através de juízos de valor para casos isolados que se caracteriza a revolução ou a contra-revolução. A opção do MFA  pelas classes trabalhadoras parte de uma definição política clara e de uma prática clara e de uma prática constante e coerente com essa definição.

...Era assim que Vasco Gonçalves pensava, e divulgava aos seus camaradas do MFA.  Mas... Este Contra-revolucionário

Conluiado com este

Conduziram-nos a este estado calamitoso!

-

Será que aprendemos a lição??????

 

 

 

publicado por POESIA-NO-POPULAR às 15:47
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De Crixus a 23 de Outubro de 2008 às 18:21
Nós aprendemos camarada, que nos dedicamos a defender as conquistas de Abril, o pior são os papalvos que continuam a acreditar nas patranhas do PS e PSD. Mas a luta continua


De POESIA-NO-POPULAR a 23 de Outubro de 2008 às 19:25
Crixus
Nós fazemos o nosso dever,mas por vezes compreendo a situação das pessoas, as decisões dependem de muitos factores, quando partimos duma posição fragilizada a decisão torna-se mais dificil, como dizia Vasco Gonçalves "Nós derrotamos o fascismo, mas ainda não derrotámos o capitalismo".
O cerco aperta-se, mas não vai ser fácil, porque eles sabem que nós nunca desistiremos!
Abraço camarada


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