"Análise da situação política" apresentada na Assembleia do MFA na 2ª semana de Julho de 1975.
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1.1 o ataque do capital
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É preciso que fique bem claro que o fascismo não é o capitalismo, mas apenas uma forma de expressão do seu domínio. Assim, quando se destrói o fascismo, agride-se mas não se destrói o capitalismo. A situação desenvolvida após o 11 de Março prova, sem margem para dúvidas que o capitalismo possui um arsenal de manobras insidiosas cujo perigo e eficácia são tremendos até porque não sendo frontais confundem muitos camaradas.
Alguns passos firmes dados a seguir ao 11 de Março, no sentido de avançar com o processo revolucionário, respondeu o capitalismo com uma série de acções que se podem inumerar:
-Recrudescimento do boicote económico externo e sabotagem económica.
-Recrudescimento da campanha contra-revolucionária ao nível dos órgãos de imformação internos e externos ao serviço do capital.
- Exploração fora do seu contexto real, de casos como a "República" e a Radio Renascença.
- Deturpação do sentido das eleições e da Assembleia Constituinte e subsequente exploração.
- Escalada desenfreada das reivindicações salariais.
- Agitação ao nível das empresas de serviços
- Aproveitamento das diferenças de opinião ou dúvidas existentes no seio do MFA no sentido de dividir os seus órgãos fundamentais: Conselho da Revolução, Governo Provisório e COPCON.
- Aliança com as correntes esquerdistas no sentido de infiltrar e desagregar as Forças Armadas deminuindo ou anulando a sua capacidade de actuação.
- Paralização do aparelho de Estado com base no empastelamento burocrático e na legislação fascista ainda existente, bem como a falta de autoridade real dos quadros.
- Exploração intensa do anticomunismo atávico de grande parte do povo português, procurando enquadrar todos os conflitos numa prespectiva de opção pró ou contra o comunismo.
Perante estas e outras acções que se desenvolvem, devem os camaradas do MFA fazer um grande esforço de lucidez, não se deixando arrastar para a luta no campo do inimigo, o que acontece sempre que se analisam casos isolados esquecendo ou minimizando a manobra geral que os enquadra. Há que evitar constantemente que "a árvore esconda a floresta": se as opções são aida "revolução" ou " contra-revolução" é preciso compreender que não são os casos pontuais que definem a atitude do MFA e a sua opção de classe.
É revolucionário tudo quanto faz avançar globalmente a revolução e é contra-revolucionário tudo quanto, globalmente a faz recuar ou lhe cria novas dificuldades.
Não é através de juízos de valor para casos isolados que se caracteriza a revolução ou a contra-revolução. A opção do MFA pelas classes trabalhadoras parte de uma definição política clara e de uma prática clara e de uma prática constante e coerente com essa definição.
...Era assim que Vasco Gonçalves pensava, e divulgava aos seus camaradas do MFA. Mas... Este Contra-revolucionário
Conluiado com este
Conduziram-nos a este estado calamitoso!
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Será que aprendemos a lição??????
. ...
. QUEM É... QUE CONTINUA A ...
. QUE MAIS TERÁ DE ACONTECE...
. SERÃO PRECISAS, AS PALAVR...
. ERA MAIO COM CHEIRO DE AB...
. DIA 29, CONTRA OS TIRANOS...