A Declaração dos Direitos do Homem adquire hoje em dia ares subversivos e apenas parece considerar utopias loucas.
Mas fica sempre bem no cenário, é bom referir-se a ela.
Ora, se eventualmente é permitido opor-se a ela, criticá-la, chegar, como hoje em dia, a escarnecer dela reverenciando-a, que brincadeira sinistra!
A Declaração Universal dos Direitos do Homem adoptada em 10 de Dezembro de 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas estipula, no seu artigo 23, que:
"1-Todas as pessoas têm direito ao trabalho, à livre escolha do seu trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2-Todos têm direito, sem qualquer discriminação, a um salário igual por um trabalho igual.
3-Qualquer pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência conforme com a dignidade humana e completada, se houver lugar a isso, por todos
Vê-se aquí até que ponto as nações que aderiram a essa Declaração se tornaram perjuras.
Esquecido o direito ao trabalho! Negado, o facto de a "dignidade" de toda a pessoa ser uma aquisição de direito! Que uma pessoa é digna em si, que detém uma dignidade que um emprego não poderá conferir-lhe, e muito menos prejudicar.
Já se vê, é o próprio conceito de "assistência social" que é indigno, fabricado para melhor fazer prostrar-se o adversário que o indevíduo se tornou. Se se pode dizer isso...
Porque esse indevíduo tão mimado pelo ultraliberalismo só poderia ser, segundo ele, um "decisor" um "empresário", mas nunca por nunca ser um "pobre", nem algue em vias de se tornar pobre!
Só é indevíduo aquele que se permitir tomar iniciativas individuais e colocar-se em situação de influenciar á sua vontade as vidas de uma multidão de não-indevíduos, os quais não poderiam opor-se a isso sem atentarem contra aliberdade individual do autêntico indeviduo.
A pretensa " assistência social" nem sequer representa, aliás uma "ajuda", mas um direito: a compensação pela sociedade das injustiças que ela própria criou, compensação irrisória à vista de uma dívida que não extingue,
Se os empregos desaparecem, e com eles o "direito ao trabalho" e se a sociedade não conseguir restabelecer os plenos direitos dos que deles estão espoliados, que direito tem ela de os castigar, como o faz tão cruelmente, quando ela está em falta, e em vez de os pôr de lado, entregues ao sofrimento, condenados sem qualquer razão lícita, o seu papel seria libertá-los de um tal entrelaçamento de injustiças e de destroços?
A solução? Só há uma: recusar que ela não o faça. Exigir que o faça.
Com que meios? Fazendo disso uma prioridade.
Este trexo foi retirado das páginas 51-52-53 do livro UMA ESTRANHA DITADURA.
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