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RELATÓRIO DA UNICEF DIVULGA QUE
UMA EM CADA SEIS CRIANÇAS NO MUNDO
É OBRIGADA A TRABALHAR
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Uma em cada seis crianças no mundo entre os seis e os 14 anos de idade é obrigada a trabalhar, segundo um relatório da Unicef divulgado recentemente. De acordo com o documento, intitulado "Progress for Children," o trabalho infantil atinge 158 milhões de crianças em todo o mundo, com especial incidência na África Subsaariana, sendo que as crianças de zonas rurais são as mais afectadas por esta problemática.
Segundo o mesmo relatório,em Portugal, o fenómeno atinge menos de dez por cento das crianças. o documento refere ainda que cerca de 51 milhões de crianças nascidas em 2006 não foram registadas, um direito humano que ao ser-lhe vedado impede o acesso a qualquer tipo de apoios. Refira-se que dos 51 milhões de crianças não registadas,44 por cento vivem no Sul da Ásia.
A Unicef defende que um nome e uma nacionalidade são dois direitos humanos que não devem ser vedados às crianças.
As crianças cujo nascimento não é registado não podem reclamar protecção de forma igual, pelo que o certificado de nascimento é crucial na implementação de políticas nacionais e de legislação do trabalho infantil.
" A falta de certificados de nascimento faz com que milhões de crianças não existam e que, consequentemente, não tenham acesso a qualquer tipo de direitos" sublinhou Paulo Sérgio Pinheiro, responsável pelo relatório da ONU sobre Violência contra crianças.
Por outro lado, adianta o documento da Unicef, em 29 países 86 por cento das crianças entre os dois e os 14 anos de idade são vítimas de violência na família.
O relatório da Unicef, agora divulgado, fala ainda da mutilação genital, estimando que afecta 70 milhões de raparigas e mulheres em idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos, em 27 paises africanos e do Médio Oriente.
Fonte "DICA DA SEMANA"
Esta é a única guerra que vale a pena fazer!
PÁGINAS -286-287-288
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Os réus são dez. Os juízes três.
Na sala vê Sara. Sorri, faz-lhe um sinal e sente vontade que a custo domina de correr para ela e a apertar nos braços. Leva a mão ao bolso e após várias hesitações decide não pôr a aliança...Ao lado de Sara, Jacinta e Ìlídio, a seguir,Vasco ( tentando sem êxito,sorrir o seu sorriso irónico), depois Pablo;no outro canto,Eugénio acenando com a cabeça sabe-se lá o quê. E quase não reconhece Abílio: magro, transfigurado com uma máscara de sofrimento no rosto, nos olhos uma tristeza profunda.
Os réus começam a ser inquiridos, Mineiro em primeiro lugar, depois Alexandre, Sequeira...Os advogados ouvem as testemunhas de defesa de cada um dos réus, depois as de acusação ( neste caso trata-se de agentes da PIDE), enquanto os juízes indiferentes ao que ali se diz, dormitam--um dos assessores dorme, mesmo, e ressona levemente. No final, o desembargador faz, a cada um dos réus, a sacramental pergunta: Tem alguma coisa a alegar em sua defesa.
Vários são os que têm e denunciam as torturas a que foram sujeitos, acusam a PIDE.
O juís manda-os calar e, quando não lhe obedecem, chama a polícia que os arrasta para fora da sala de audiências.
Chega a vez de Vicente:Senhor Doutor Juís, tenho apenas a dizer que estou arrependido, Ora aí está, enfim, uma pessoa de bem, está sinceramente arrependido?, Estou, senhor doutor juíz, Jura nunca mais ter actividades subvercivas?, Juro, eu fui arrastado para isto e fui muito bem tratado pelos senhores da polícia, Muito bem, muito bem, isso será tido em conta na sentença.
Sente uma revolta interior tespestuosa, vem-lhe à memória o rosto sofrido de Carlos Motana na acareação, volta a sentir no corpo e na alma todas as dores sofridas naqueles meses de pesadelo...
Interrompe-lhe o pensamento a voz aguda e agreste doJuíz, perguntando pela terceira vez: Tem, ou não tem alguma coisa a alegar em sua defesa, Tenho--decide naquele preciso momento.
E denuncia a PIDE, as torturas...Só está a agravar a sua situação--adverte o Juíz, agastado. Ele prossegue: O fascismo está condenado. o povo português libertar-se-á...,Só está a agravar...,É o fascismo que agrava a minha situação, é o fascismo que me rouba a liberdade, Cale-se, não lhe admito..., São os tribunais plenários e juízes como o senhor que sustentam o fascismo, Levem-no grita o juíz, apoplético, gesticulando na direcção do polícias que agarram Francisco e o arrastam, Um dia o senhor será julgado e condenado, tal como os juízes fascistas o estão a ser em Cuba, Levem-no, levem-no--guincha o juíz, vermelho, com as mãos na cabeça, mais amedrontado do que irritado--Já não posso ouvi-lo, Lembre-se de Cuba-- grita-lhe Francisco já fora da sala de audiências.
Vamos interromper o julgamento para rever o acórdão--anuncia o Juíz, nervoso.
Saem os três e dirigem -se para uma pequena sala onde se lhes junta um instector da PIDE. Duas horas depois regressam: Vicente apanha uma pena suspensa, sairá nesse mesmo dia, tal como dois outros; Sequeira e três outros presos apanham penas correccionais, entre doze e vinte e quatro meses; Mineiro, Elias e Francisco serão condenados a penas maiores, com medidas de segurança.
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PATRÕES SÃO MENOS INSTRUÍDOS
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...Na Península Ibérica, os empregados têm mais intrução do que os patrões, mas a disparidade é maior em Portugal.
O mesmo não se passa no resto da Europa. Segundo um estudo dos institutos de estatísticade Portugal e ESpanha, há 14% de trabalhadores por conta de outrem portugueses, e 34% espanhóis, que concluíram um curso superior. Mas só 10% dos patrões lusos e 29% dos do país vizinho podem dizer o mesmo. Esta diferença poderá explicar os diferentes ritmos de desenvolvimento dos dois países.
O estudo " A Península Ibérica em núneros" ontem divulgado, com dados de 2005 e 2006, revela que há mais patrões com apenas o ensino básico do que empregados, sendo que o número intermédio têm percentagens idênticas. Os empregadores espanhóis com os mais baixos graus de ensino são 45% do total. Em Portugal são 75%.
A instrução parece ser mais importante para as mulheres do que para os homens, já que as portuguesas estão em larga maioria no ensino superior, 65,2% dos universitários, ocupando o quinto lugar na UE.
Aliás, os homens são os maiores responsáveis pela taxa elevada de abandono escolar em Portugal.
Os portugueses ganham menos, trabalham até mais tarde e pagam mais pela saúde e pelos transportes. Mas têm mais automóveis e mais telemóveis
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*Notícia DN
Pág 190-191
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Ibrahim Nassir nasceu na Palestina, é mais um da diáspora que tanto entusiasma Sharon, e uma vez foi dar à cidade de Nova Iorque, ao país das oportunidades.
Foi cozinheiro de um restaurante Libanês, empregado de um bar em Coney Island, até que um amigo o informou que a sua abundância capilar na cabeça e no rosto era muito solicitada pelas empresas publicitárias de um país em que predominam os imberbes.
Tentou a sorte com uma marca de champô, correu bem, e muito em breve o seu rosto barbudo e a frondosa cabeleira branca começaram a ser vistos no cinema; em cada filme em que o realizador decidia que uma peruca barbuda passasse em frente da máquina de filmar, aí estava Ibrahim Nassir com a sua riqueza capilar,
Como todos os palestinianos, dotado de uma vocação para desfrutar a vida, Ibrahim Nassir deixou que o seu corpo ganhasse volume, pormenor que fez dele um dos Santa Claus ou Pais Natal mais solicitados pelos grandes armazéns.
Com cabelo branco próprio, barba branca própria, gordura própria e até um fato vermelho que lhe pertencia, pegava nas crianças ao colo, recebia cartas com os desejos mais disparatados, tovava a campainha, exclamava HO! HO! HO! e desejava Feliz Natal num inglês carregado de ressonâncias mediterrâneas. Mas começou a cansar-se daquele papel de paspalhão vestido de vermelho e um dia decidiu juntar-lhe alguma coisa, uma pequena frase em árabe que metia imediatamente a seguir ao "Feliz Natal".
Quando um empregado do Marks Spencer quis saber o que dizia, respondeu que se tratava de um suplemento natalício em filandês, pormenor que outorgava mais peso aos desejos do velho escandinavo.
Mas, embora mermurasse entre dentes as palavras que acrescentava em árabe, quis a má sorte que,em Dezembro de 2001, um desmancha -prazeres judeu com chapeu e trancinhas o ouvisse com atenção para imediatamente o denunciar à polícia.
--E que raio dizias?--perguntei-lhe, agarrado à quarta cerveja.
--HO! HO! HO! Feliz Natal quetefodamsharon!
Natal de 2001, os acontecimentos do 11 de Setembro eram muito recentes, a caça ás bruxas mal tinha começado -- ainda não terminou -- e, mesmo vestido de paspalhão, Ibrahim Nassir foi dar com as barbas num calabouço secreto. Raparam-no, barbearam-no, interrogaram-no, isolaram-no, pontapearam-no. A mulher alemã, percorria comissariados e gabinetes federais invocando a declaração de direitos civis e outros argumentos holywoodescos até que, por fim, conseguiu que o soltassem. Afinal, Ibrahim Nassir tambem é cidadão alemão.
A vida é ingrata, nem na Alemanha se encontra trabalho se se tem mais de cinquenta anos, e ali estavava, fazendo de paspalhão vestido de vermelho em frente da severa Câmara de Munique. Despedimo-nos com um aperto de mão e desejando-nos mutuamente boa sorte.
HO! HO! HO! Feliz Natal quetefodamsharon! - disse o Pai Natal
- Feliz Natal quetefodamsharon! - respondi-lhe, porque para algo deve servir o espírito natalício.
Acorda com o ruído do despertador, cala-o com um gesto que é quase um murro e levanta-se. Aquece e bebe o café que sobrou da noite anterior, come uma carcaça com manteiga e senta-se à mesa a escrever.
Ouve ruídos na escada ,estranhos àquela hora.Levanta-se e espreita pela janela da cozinha: vê dois carros parados frente à entrada do prédio e quatro,cinco indivíduos, alguns exibindo pistolas.
Pega no saco onde tem os documentos,junta-lhe as páginas do relatório que acabou de escrever,corre à casa de banho, rega os papéis com álcool e chega-lhes o ísqueiro aceso.
Os ruídos na escada são, agora, inequívocos, passos e vozes anunciando um destino, arrombem a porta, seus incompetentes--- grita uma voz irada.
A porta cede e a casa é invadida por vários polícias. Dois agarraram-no e imobilizaram-no, um deles puxa-lhe os braços para trás das costas, com violência, e algema-o, outros correm para a casa de banho de onde vem o fumo, levem o gajo daqui para fora rapidamente e cheguem-lhe quando ele começar a fazer comício na escada e na rua.
Não será melhor amordaçá-lo, Chefe?, Ou isso, mas chega-lhe na mesma, o cabrão queimou os papéis todos antes de entrarmos.
DIGO EU...Para quem pensa e escreve, dizendo que a PIDE não foi tão má como dizem.
Esta era a sua maneira de actuar em público e em Lisboa, imagine-se como seria na António Maria Cardoso e no Tarrafal.
Francisco fixa-o nos olhos:A campanha contra nós é brutal,os jornais difundem todos os dias vagas de mentiras, de calúnias,de falsidades denegrindo a direcção do Partido ao mesmo tempo que projectam para todo o País uma imagem de sentido oposto desses camaradas...a direcção é apresentada como antidemocrática,repressiva,estalinista e os seus dirigentes como seres ignorantes, incultos, boçais,dinossauros,em contrapartida os sete, como vocês dizem,são vendidos como exemplo de democratas bacteriologicamente puros,tolerantes,a abarrotar de cultura,de saber,de modernidade...estamos perante um autêntico processo de lavagem colectiva de cérebros, e isso,inevitavelmente, deixa muita gente confusa, mesmo entre nós.
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Voltarei a "O tempo das Giestas" brevemente!
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Vou assumir o risco, de ser desmancha-prazeres.
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Estou a lembrar, as famílias, dos mais de 400 mil
desempregados.
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Estou a lembrar, os 2 milhões de pensionistas que,
têm uma pensão inferior ao salário mínimo,e o ridículo
aumento (esmola) só terá efeitos, a partir de Janeiro/08.
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Estão a perceber porquê?
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Estou a lembrar ainda,os que se entregaram de alma
e coração ao trabalho, e o mais que conseguiram, foi
a mediocridade,do nível de vida que,tinham antes,senão
pior. (ver inflação)
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BOAS-FESTAS?
Então, estaria a dar as boas-festas a quém?
Na impossibilidade de estar presente, incito todos na procura desse bem precioso!
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"Procurei"
*Mergulhei no oceano das ideias
procurei uma que fosse original
que anula-se todas as ideias feias
para ver se acabava com o mal
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De um lado para o outro á procura
deparei com muitas ideias loucas
era de facto uma grande mistura
ideias boas...Dessas vi lá poucas
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Agitei o Oceano bem lá no fundo
encontrei uma tímida idea clara
pensei...como está doente o mundo
ou será, que eu procuro ideia rara
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Com muitas, estive confrontado
no meio daquele enorme caudal
fiquei exausto, triste e, desanimado
sem encontrar essa ideia original
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Envolto em renda de branca espuma
dei á costa num Oceano diferente
ali perto de mim...Bailava uma
abraçei-a, vamos ter paz finalmente.
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josémanangão
Aceitei com todo o gosto o desafio do Rogério L. Silva
do blog Vermelho vivo
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Estava a reler e reviver o livro
DISCURSOS, CONFERÊNCIAS DE IMPRENSA E ENTREVISTAS DE VASCO GONÇALVES
Na página 161 a quinta frase, diz assim
" Nós não desejamos, apenas, mudar as moscas em Portugal e que o resto fique na mesma e julgamos já ter dado bastantes indícios disso"
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Para que a corrente se mantenha, aquí fica o meu convite á Magnólia ao Pedro Namora, Ludo, Vitor Nogueira, Zé Manel, e ao Crixus, com um abraço do tamanho do Mundo para todos.
. ...
. QUEM É... QUE CONTINUA A ...
. QUE MAIS TERÁ DE ACONTECE...
. SERÃO PRECISAS, AS PALAVR...
. ERA MAIO COM CHEIRO DE AB...
. DIA 29, CONTRA OS TIRANOS...